Num passado não tão distante, o empreendedorismo feminino era visto como algo bastante novo, incerto, e por vezes até impossível. A resistência a isso vinha, principalmente, de um mercado comandado majoritariamente por homens e de um público consumidor que atribuía às mulheres os papéis domésticos e auxiliares, e não de liderança.
Esse contexto mudou e segue mudando, e vem sendo revolucionado por mulheres empreendedoras Elas trazem suas visões de mercado de maneiras inovadoras, entendendo as dores de um público consumidor que muitas vezes não era tão bem representado, ou ainda, que não via suas dores resolvidas.
Os principais marcos históricos do empreendedorismo feminino
Em 2022, o empreendedorismo feminino atingiu um marco. De acordo com o Sebrae, mulheres empreendedoras no Brasil somam 10,3 milhões de pessoas, correspondendo a 34,4% das empresas nacionais. Os estados com maior número de mulheres à frente das empresas são o Rio de Janeiro e o Ceará, com 38% e 34,4%, respectivamente.
Esse processo, que hoje se acelera de forma exponencial, começou a engatinhar nos anos 70, quando a revolução do gênero começou no Brasil e proporcionou às mulheres o poder de ingressar no mercado de trabalho. Além disso, incitou também os movimentos sindicais com cunho de gênero e deu maior importância aos movimentos feministas no país.
Mulheres líderes no Brasil
Cada vez mais, temos um vasto número de pessoas do gênero feminino à frente de grandes empresas, e, além disso, muitas delas se tornaram bastante conhecidas. Dessa forma, podem servir de inspiração para milhares de outras mulheres que sonham em empreender no Brasil. Algumas delas estão em programas de TV e na mídia, trazendo ainda mais visibilidade. Temos, por exemplo:
- Camila Farani: Empreendedora, empresária, colunista e investidora brasileira, Camila Farani é a maior investidora feminina em todo o Brasil. Representante do Rio de Janeiro, ela é colunista em revistas como a Gazeta do Povo, Estado de S. Paulo e Forbes. Com isso, levando conteúdo relevante sobre empreendedorismo feminino para todas as suas leitoras;
- Carol Paiffer: CEO da ATOM S/A, com uma fortuna avaliada em 900 milhões de dólares, Carol Paiffer é sócia e fundadora do Instituto Êxito e presidente do Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba, atuando tanto no mundo do empreendedorismo feminino quanto da educação e da arte.
Ambas conhecidas por levar à frente a pauta feminista, procurando priorizar mulheres em seus investimentos e, assim, garantindo maior visibilidade às mesmas. Além disso, consequentemente estimulam ainda mais o aumento no índice de crescimento das mulheres empreendedoras.
Grandes nomes do empreendedorismo brasileiro são mulheres
Nomes como, por exemplo, Luiza Helena Trajano e Paola Carosella, são empreendedoras conhecidas no Brasil inteiro. Elas representam diversos nichos do empreendedorismo nacional como um todo.
Não é à toa que o Brasil é o sétimo país com maior número de empreendedoras, sendo 49% dessas, chefes da família, demonstrando uma tendência na qual mulheres deixam os papéis de donas de casa e assumem a posição de provedoras, sustentando suas famílias completa ou parcialmente.
Além disso, 11% dessas mesmas mulheres são empregadoras e movimentam o mercado local com suas iniciativas. Assim, elas também fazem o mercado geral avançar, já que o recorte do empreendedorismo feminino é conhecido por fazer maior uso de novas tecnologias. São 71% das mulheres empreendedoras que usam novas tecnologias em seus negócios, à frente de apenas 63% dos homens.
Um sucesso que vem a duras penas
O sucesso feminino no recorte do empreendedorismo, assim como no mercado de trabalho geral, chama atenção não somente pela rejeição histórica que se dá às mulheres, como também pelo fenômeno da jornada tripla. Ou seja, mulheres precisam ser mais eficientes em seus trabalhos, já que são socialmente obrigadas a atender diversos outros papéis, como o do cuidado com o lar, educação das crianças e amparo de saúde a entes familiares.
Ainda que esse não seja um fenômeno que afete todas as mulheres em qualquer região do Brasil, é um fato social conhecido e percebido em diversas classes sociais. Por exemplo, muitas vezes mulheres chegam a trabalhar 10,5 horas a mais que homens nos afazeres domésticos e cuidado com as crianças. Isso torna custoso o trabalho de dividir o tempo entre gestão de uma empresa de sucesso e cuidados domésticos e familiares. Mas não impediu mulheres de conquistarem quase 40% do mercado.
Um mercado ainda desigual no empreendedorismo feminino
Ainda que possuam, em média, maior escolaridade que os homens, as mulheres possuem uma renda menor entre as pessoas empreendedoras. Estima-se que serão necessários 136 anos para que se alcance a igualdade financeira objetiva entre mulheres e homens em todo o mundo.
Outras barreiras além do gênero são também as questões raciais, que impõem uma maior dificuldade para mulheres negras. Mais informações sobre o artigo podem ser lidas no artigo Sebrae Delas, que pesquisou empresas de todo o Brasil, mulheres empreendedoras e seu plano de fundo particular.
Compreender o mercado e o empreendedorismo feminino brasileiro é saber quais os obstáculos impostos a estas empreendedoras, o que esperar de um mercado em crescimento e quão receptivo é esse recorte. Assim, com mais informações, as empreendedoras podem continuar a conquistar mais parcelas do mercado. Dessa forma, encurtando o período estimado de mais de um século para apenas algumas décadas.
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